quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

SEGUIMOS INVICTOS

SEGUIMOS INVICTOS

Foto: Instagram oficial Sport Clube Internacional.

Por: João Pedro Leal

O Internacional entrou em campo nesta noite de terça-feira, 11/02/2020, na partida de volta, contra a equipe da Universidad de Chile, pela segunda fase da Copa Conmebol Libertadores. 

Após um 0x0 em território chileno, tudo ficou para Porto Alegre, em um jogo que foi dominado pelo Internacional do início ao fim, deu-se a classificação. 

Time e torcida foram á campo em total sintonia, enquanto as vozes ecoavam nas arquibancadas, o Inter buscava encurralar o adversário em seu campo de defesa, embora o primeiro tempo tenha sido de pleno dominio colorado, as chances foram escassas e, limitaram-se a um chute de D’alessandro para a defesa de Vélez, mesmo que com o jogo já paralisado, acabou servindo para chamar ainda mais a torcida, a outra chance viria em um elemento surpresa, Cuesta, que, no campo de ataque, rouba a bola e chuta no canto esquerdo do goleiro que vê a bola ir para fora. 

Logo após a chance desperdiçada por Cuesta, Patrick sentiu uma lesão muscular e teve de ser substituído, aos 15 minutos do primeiro tempo, para a entrada de Boschilla.  

Tudo indicava que o primeiro tempo acabaria em zero a zero, mas Boschilla, em uma jogada de pura percepção, roubou a bola do zagueiro que dominou pifiamente, para abrir o marcador. Um a zero. 

O segundo tempo começou mais para os chilenos do que para o Inter, no sentido de que eles ao menos tentavam trocar mais de 5 passes em território colorado, sem sucesso. Aos poucos o time colorado foi recuperando o desempenho técnico e voltou a ditar o ritmo da partida. 

Edenilson, em um passe sensacional, colocou Paolo Guerrero frente a frente com o jovem goleiro chileno, mas o peruano, visivelmente ainda sem ritmo, dribla o goleiro e executa um passe ruim para D’alessandro, que logo sai para a entrada de Marcos Guilherme. 

Aos 31 minutos da etapa complementar, em uma bola afastada sem maiores pretensões por Moisés, vai em direção a Marcos Guilherme, que sai muito atrás do marcador e, mesmo assim consegue chegar à frente para marcar um golaço. Deixou zagueiro e goleiro no chão. Dois a zero. Classificação garantida. Com dois gols marcados por jogadores que vieram do banco, algo que não acontecia desde a Libertadores de 2010, na final contra o Chivas Guadalajara, no Beira-rio.

sábado, 12 de maio de 2018

Desejo

Tenho desejo de a ver em pranto
Magoá-la tanto com a minha ira
Que ela em soluços venha rastejando
Chorando e gritando tudo foi mentira

Tenho desejo de a maltratar
Vê-la chorar sua ingratidão
Tenho desejo de agarrar-me a ela
Chorar com ela sem lhe dar perdão


Tenho desejo de ofendê-la e magoá-la
Feri-la tanto na presença de outra gente
Que ela ofendida, triste e sem fala
Seja impotente pra dizer "sou inocente"

No meu acesso só desejo castigá-la
Espezinhá-la dando vazão ao meu desejo
Mas, entretanto, tudo que almejo
É enlaçá-la e sufocá-la num só beijo

Número 1001

Passaste hoje a meu lado
Falando de bom grado
Com outro com quem transou
E eu relembrei comovido
Um velho amor esquecido
Que meu destino arruinou

Chegaste na minha vida
Cansada desiludida
Triste mendiga de amor
E eu pobre com sacrifício
Fiz um céu do teu suplício
Pus risos na tua dor

Mostrei-te um novo caminho
Onde com muito carinho
Levei-te numa ilusão
Tudo porém foi inútil
Eras no fundo uma fútil
E foste de mão em mão

Satisfaz tua vaidade
Muda de desejo à vontade
Isso em ti é comum
Não guardo frios rancores
Pois entre os teus mil amores
Eu sou o número mil e um

domingo, 15 de abril de 2018

Adeus

A lua que no céu surgiu
Não é a mesma que te viu
Nascer dos braços meus
Cai a noite sobre o nosso carinho
E agora só restou do iria ser amor
Uma palavra: adeus

Mulher, estrela a refulgir
Parte, mas antes de partir
Rasga o meu coração 
Crava as garras no meu peito em dor
E esvai em sangue todo o encanto
Toda a desilusão

Vontade de ficar
Mas tendo de ir embora
Gostar é se ir morrendo pela vida
afora
É refletir na lágrima
Um momento breve
De uma estrela pura, cuja luz morreu
Numa noite escura
Triste como eu 

sábado, 24 de março de 2018

Sonho de criança


Olho a rosa na janela, sonho um sonho pequenino 
Se eu pudesse ser menino eu roubava essa rosa 
E ofertava todo prosa à primeira namorada 

E nesse pouco ou quase nada eu dizia o meu amor 
O meu amor 
Olho o sol findando lento, sonho um sonho de adulto 
Minha voz na voz do vento indo em busca do teu vulto 
E o meu verso em pedaços só querendo o teu perdão 
Eu me perco nos teus passos e me encontro nos versos
Ai, amor, eu vou morrer

Buscando o teu amor

sábado, 17 de março de 2018

Sem companhia

Tudo que esperei de um grande amor
Era só juramento que o primeiro vento carregou
Outra vez tentei mas pouco durou

Era um golpe de sorte
Que um vento mais forte derrubou


E assim de quando em quando
Eu fui amando mais
Passei por ventos brandos
Passei por temporais
Agora estou num cais
Onde há uma eterna calmaria
E eu não aguento mais
Viver em paz sem companhia

sábado, 10 de março de 2018

G da saudade

Minha alma grita um sussurro de dor
Meu peito inflama a saudade que ficou
Tantas coisas ditas, tantos versos sem cor
A insistência de gritar por um momento que passou

Faz-me insano atrás de um olhar no verso
Um acalanto no meio de tanto retrocesso
E eu outrora alegre me espanto com essa ousadia
Não sabia que doeria tanto perder justo aquela guria

Eu tanto fiz que não teve mais jeito
Me achava forte, mudado, refeito
E ao jogar tudo fora, guria, não é falácia
Te perdi sem ao menos ter mostrado que te amava, que aldácia

Hoje sozinho não ha nada além de lamentos
E um esforço gigante pra matar meus sentimentos
Minha alma grita guria, guria, guria... Sem piedade
E no ABCdario fora de ordem da minha vida
Entre M's e J's vem o G da saudade...