sábado, 2 de março de 2013

Mourão de porteira



João Pacífico

Lá no mourão esquerdo da porteira
Onde encontrei "vancê" pra despedir
Tem uma lembrança minha, derradeira
É um versinho que eu lhe escrevi
"Vancê", eu sei, passa esbarrando nele
E a porteira bate pra avisar
"Vancê" não sabe que sinal é aquele
E nem sequer se "alembra" de olhar

E aqui tão longe eu pego na viola
Aquele verso começo a cantar
Uma saudade é dor que não consola
Quanto mais dói
A gente quer lembrar
No dia que doer seu coração
De uma "sodade" que eu tanto senti
"Vancê", chorando, passa no mourão
E lê o verso que eu nele escrevi

João Pacifíco

Nenhum comentário:

Postar um comentário